sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

UMA ESPIRITUALIDADE SAUDÁVEL PSICOLOGICAMENTE

tradução de JGonçalves

http://www.lexpages.com/SGN/paschal/SPIRHEAL.html


"UMA ESPIRITUALIDADE SAUDÁVEL PSICOLOGICAMENTE (= E.)

... não vê a E. como uma solução mágica para todos os problemas da vida ou para aqueles que a pessoa não está disposta a enfrentar ("Deus vai fazer por mim").

... tem sentido de humor e é capaz de se rir e fazer troça de si própria.

... não utiliza rituais, como frequentar a igreja ao domingo, para criar um sentimento de superioridade ou de segurança.

... não utiliza a E. para evitar a intimidade / autonomia / conflito / responsabilidade, ou ter de decidir por si mesma; não utiliza a E. para se isolar da vulnerabilidade de se ser humano.

... não procura um pai ou uma mãe “sabem-tudo” ou uma autoridade com respostas prontas para todos os problemas para escapar à auto-responsabilidade.

... exige uma base de honestidade e integridade pessoal baseada no auto-conhecimento, auto-aceitação, e disponibilidade para aceitar a realidade.

... é marcada pela integridade, compaixão, abertura, humildade e respeito pelos outros.

... não é nem rigorosamente ascético nem indulgente com sexo, comida, dinheiro, poder, etc.

... é frequentemente apaixonada pela vida e por qualquer projecto para promoção da paz e da justiça.

... equilibra a ambição espiritual com a realidade imperfeita do dia-a-dia.

... não renúncia à necessidade de pensamento crítico e de perspicácia.

... abraça a honestidade consigo mesma como um valor fundamental da vida e, portanto, está empenhada em fazer auto-avaliação regular.

... recusa qualquer auto-elevação e qualquer desvalorização dos “caminhos(espirituais, etc.)” de outras pessoas.

... considera qualquer pessoa, independentemente das diferenças ou status na vida, como um potencial professor.

... desfruta de relacionamentos saudáveis, calorosos, amáveis, livres de segundas intenções.

... olhas todas as formas de "excepcionalidade" ou genialidade como um obstáculo à verdadeira humildade.

... aceita imperfeições e falhas da nossa humanidade como instrutivas e libertadoras.

... raramente está isolada de uma comunidade de companheiros de jornada.

... resulta frequentemente em oração compassiva ou acção pela paz e pela justiça.

... admite que é muitas vezes através da dor, do fracasso, ou de uma crise que somos levados a uma espiritualidade mais profunda.


... sabe que a viagem raramente pode ser realizada sem perigo isoladamente sem algum guia ou tutor, ainda que seja apenas um texto sagrado, ou melhor ainda se for uma pessoa com experiência e sabedoria; apercebe-se do perigo do entusiasmo religioso sem um guia.

... reconhece que a jornada espiritual está infestada de muitos escolhos, armadilhas, e ilusões. Está disposta a testar os “avanços” de alguém com os outros.

... não faz um ídolo a partir de qualquer símbolo religioso, objecto, projecto, ou prática, nem do seu próprio caminho religioso.

... deve estar preparada para dar testemunho, mas nunca emitir juízos sobre aqueles cujas convicções conflituam com as nossas; procura a verdade e defende-a com paixão, mas nunca age como se tivesse a reivindicação exclusiva da verdade ou moralidade; nunca, em nenhuma situação, alega que a sua convicção, por mais profunda que possa ser, decide pela consciência de outra pessoa.

... sabe, compreende profundamente, que nenhuma crise moral pode alguma vez dispensar a pessoa de consciência de pleno respeito à liberdade e responsabilidade de qualquer outra consciência."

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